terça-feira, 27 de abril de 2010

O ANTI-POLÍTICO!

Uma vez disseram que a guerra é um assunto sério demais para ficar apenas nas mãos dos militares. Com muita propriedade, pode se aplicar o mesmo raciocínio à política: sendo mais do que um método ou uma técnica, política é uma arte, ou a aplicação dessa arte, nos negócios internos de uma nação, fazendo dos políticos profissionais verdadeiros artistas. Entretanto - como Aristóteles dizia: "o homem é um animal político" - talvez seja a hora dessa arte ser feita por artistas mais homens e menos animais. Talvez seja chegada a hora de tirar a política das mãos dos políticos. Na verdade, acredito que o maior problema da política hoje em dia são os políticos, no sentido de que fazer sua arte virou uma técnica viciante e desencaminhadora, por aqueles que deveriam não somente zelar pela nossa sociedade, mas zelar pelos valores dessa sociedade.

No artigo "Liderança Dourada e Libertária" havia escrito que Marcelo Dourado pode muito bem representar esses valores, que foram perdidos pelos políticos profissionais. O que falta neles Marcelo tem em excesso. Também disse que havia toda uma juventude que está orfã, ainda à espera de uma liderança que os conduza a uma espécie de "amanhecer dourado", um futuro onde ética, honra e lealdade são virtudes, não defeitos, a serem perseguidos e preservados por uma classe política atuante e exemplar na sociedade. Acontece que Marcelo Dourado não é político e não tem pretensões políticas. Isso é empecilho para um "amanhecer dourado"? De forma nenhuma!

Martin Luther King e Mahatma Ghandi também não eram políticos nem tinham pretensões políticas, e isso não foi empecilho para o fim da discriminação racial nos EUA e a criação de uma nação para o povo indiano. Qualquer um que conhece um pouco de história política sabe que a liderança não é uma escolha que fazemos para nossa vida, mas algo que é nos é imposto para mudar a vida de outros. O Líder não pede a liderança: a Liderança que vem até ele, através de uma correnteza de acontecimentos da qual ao seu portador fica impossível remar contra a maré. A ele cabe ser o exemplo de uma geração de exemplos; A esperança de uma geração sem esperanças. O Líder é o molde na qual aqueles que não possuem nenhum tomam forma.

A forma será aquela que definimos à nós mesmos. Mas o molde está lá. Como disse no artigo passado, as ações políticas são uma evolução natural das ações sociais, que a Máfia Dourada já está fazendo. Mas que ações políticas podem ser feitas, inspiradas na liderança de Marcelo Dourado? Vamos a algumas delas:

Inspirados sob a liderança ética e o caráter de Marcelo Dourado, uma legiãos de jovens poderia se candidatar já nas próximas eleições, na esperança de promover uma faxina de valores nas Assembléias estaduais e no Congresso. Apesar da inexperiência política, as eleições poderiam ganhar muito, pois aumentariam o nível do debate: portadores de vontade política de fazer podem ser muito mais eficientes na mudança do que políticos experientes podem propor. De fato, a oxigenação de nossas Casas Legislativas com políticos novos e combativos é o pressuposto inicial para uma profunda e radical mudança na nossa sociedade.

Outra importante ação política seria a criação, capitaneada por Marcelo, de um Instituto de Ética e Cidadania, que discutiria, a criação de propostas, projetos e programas com a juventude sobre a sociedade em que desejam viver e trabalhar, num futuro próximo. Entre outras atribuições, um Instituto Marcelo Dourado também poderia acompanhar os trabalhos dos parlamentares, sendo um canal natural entre estes e os interesses da juventude que eles representam.

Por fim, um último exemplo de ação política poderia ser praticado: Marcelo Dourado poderia aproveitar sua imensa popularidade (na final do BBB ele teve 50% de votos a mais que Lula em sua última eleição) para se candidatar a deputado estadual ou federal pelo Rio Grande ou pelo Rio de Janeiro. Restaria resolver a questão do domicílio eleitoral e sua filiação partidária, mas, ainda que isso não pudesse ser posto em prática nessas eleições, teríamos as eleições municipais de 2012. A possibilidade dele se candidatar representaria uma alternantiva à polarização PT-PSDB; Longe do velho discurso esquerda-ou-direita, Marcelo representaria um discurso "à frente", de vanguarda, representando legitimamente os interesses de uma geração inteira. Sua candidatura daria um sentido prático à plataforma ética, que outros políticos tanto alardeiam. Como o anti-herói no BBB, nas eleições ele seria o anti-político: alguém em que as pessoas poderiam confiar. Sabendo que ele tem caráter, saberíamos que ele não roubaria, e assim poderíamos confiar em suas idéias e seus ideiais.

Dourado se candidatando seria como Moisés, abrindo o Mar Vermelho: uma geração inteira de seguidores viriam atrás dele, com as mesmas idéias e os mesmos ideais, rumo a uma nova Terra Prometida. Em alguns anos, seria esta a geração que seria maioria nas Casas Legislativas e Congresso Nacional. Posições de vanguarda a respeito do meio-ambiente e políticas sem hipocrisia, feita por pessoas de caráter, anti-politicos em sua essência: essa é a natureza de uma plataforma dourada para iniciar a mudança que desejamos para o Brasil com que sonhamos.

Longe de ter terminado sua luta na "guerra" do BBB, outras guerras, mais valorosas e importantes, exigem a presença de espírito e o caráter de Marcelo, à frente de um objetivo que agora é muito maior que a disputa de caráter: agora, a história está o chamando, para que ele lidere nossa juventude nas mudanças que nossa nação tanto precisa!

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