terça-feira, 1 de junho de 2010

EM DEFESA DO VOTO NULO!

A democracia no Brasil se tornou um espetáculo televisivo. O eleitor escolhe candidatos como se estivesse escolhendo ovos de ouro numa prateleira de um supermercado caro, para depois descobrir que eles estavam podres, e o ouro era falso (para nós!). Os candidatos estão cada vez mais parecidos. A briga entre eles é falsa e serve apenas para que ainda haja esperança na atual maneira de se votar.

E para que eles continuem no poder.

Mas política não é só isso, não é só voto. Política é também pressão, participação e discussão (à exaustão, se necessário). Do modo como ocorrem as campanhas eleitorais e as eleições, entende-se – de maneira subliminar, pelos meios de comunicação – como uma leve sugestão apenas (ou um tapinha no rosto do eleitor), de que não há outra atitude política além do voto bi-anual.

Mas, do jeito que está hoje colocado, o voto tornou-se uma renúncia à liberdade. Não precisamos de líderes que nos imponham leis e criem regras que limitem nossos direitos.

Mas então, de que maneira um eleitor esclarecido poderia negar esse sistema?

Existem três opções: a primeira é o eleitor esclarecido se candidatando. Ora, todos sabem que não é possível mudar um sistema político por dentro. A política leva as pessoas à corrupção. (corrompendo, as pessoas mudam). Além do mais, não me parece ser uma boa saída o eleitor esclarecido se nivelar por baixo, junto com os demais políticos profissionais.

Seria mais fácil encontrar Wally . . .

A segunda opção seria bater panelas e fazer greves até que nossas reivindicações fossem atendidas ou, pelo menos, fôssemos ouvidos. Mas isso já não fazem os movimentos de esquerda hoje no país? Em que seríamos diferentes, se estamos fazendo a mesma coisa? Já há políticos profissionais que já fazem a mesmíssima coisa! É claro, por motivos não tão nobres, mas acabaríamos correndo o risco de sermos vistos como “farinha do mesmo saco” . . .

Existe uma terceira opção, que recusa o atalho fácil dos costumeiros debates político-eleitoreiros: o voto nulo.

Calma, calma! A situação não é tão feia como parece! O doente está travado, mas ainda há bastante hemoglobina no hospital! Suas condições são estáveis e ainda não há motivos para puxar a tomada . . . ao menos por enquanto.

Muitos dirão; “Ora, mas se os eleitores consciêntes e esclarecidos do Brasil anulassem seu voto, a eleição acabaria sendo decidida pelos menos esclarecidos, aqueles que, à moda de Esaú, vendem seu direito de nascença por um prato de lentilhas” (muitos são até mais baratos . . .). mas aí eu lhe pergunto: e se os eleitores-Esaú anulassem seus votos?

Se os eleitores conscientes anulassem o voto, a eleição seria decidida pelos menos esclarecidos. Mas, se estes anulassem, estaríamos livres dos corruptos!

Então, ora bolas! Deixem que o povo, a massa popular, fique descontentes com os políticos! Se o eleitor não está contente com nenhum candidato, tem o direito de anular! É uma escolha legítima como qualquer outra! Se o eleitor não conhece os candidatos, corre o risco de votar em corruptos. Portanto, sua melhor opção é anular!

A cada dois anos, somos convocados para limpar o convès do Titanic. E para quê? Eu me recuso a limpar! Me recuso a emprestar meus ouvidos para a bandinha que toca ao fundo! Me recuso a autorizar alguém a legislar em meu nome! Creio que tenho maturidade política suficiente para lutar pelos meus interesses, e pelos interesses de mais ninguém! Todos nós já atingimos essa maturidade. Falta só nos olharmos no espelho.

Lembrem-se: o voto nulo pode ser o único voto consciente que teremos nessa eleição.

Saudações!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

ATÉ ONDE DEVE IR NOSSA IMPARCILIDADE JORNALÍSTICA?

Até onde pode ir a imparcialidade jornalística? Até onde, eu ou você, como jornalista, webjornalista ou apenas blogueiro, podemos ir, sem deixarmos de ser imparciais? Será que existe um limite entre a realidade dos fatos e o que é meramente aceitável? Creio que sim, mas esse limite é tênue, e vive sendo ultrapassado, tanto aqui, como acolá, ao sabor do vento ideológico. Comigo também acontece isso, mas devemos ter um certo cuidado profissional: nossas crenças, torcidas ou lado não devem interferir em nosso juizo moral, no julgamento do que é certo, ainda que em detrimento daqueles ou daquilo que acreditamos. Darei três exemplos: um brasileiro, um israelense e um pessoal:

No Brasil o Itamaraty faz o que quer com a imprensa nacional. Repetidos fracassos diplomáticos são cantados em verso e prosa como vitórias esmagadoras e sucessos retumbantes por jornalistas que deveriam ao menos analisar os fatos e ponderar concusões, em vez de simplesmente sair por aí fazendo editoriais pautados pelo Ministro das Relações Exteriores, o senhor Amorim. A carta "vazada", por exemplo, era um dos muitos documentos que o governo americano entregou ao governo brasileiro provando que o Irã está enriquecendo pelo menos uma tonelada de urânio para fabricar uma bomba atômica. E o que a imprensa tupiniquim fez? Tapou os olhos e os ouvidos, e noticiou que o governo americano simplesmente estava com "ciumeiras", omitindo fatos em descarada tentativa de manipulação do público interno.

Segundo exemplo: um comboio turco invadiu águas israelenses e, depois de advertidos pela marinha de Israel a retornarem para águas internacionais, desobedeceram a ordem e provocaram atos violentos contra uma força legitimamente interessada em defender apenas seus interesses nacionais. O que era uma simples advertência diplomática acabou virando uma operação policial. Atacados com barras de ferro, facas e tiros, Israel apenas revidou, defendendo seu território, matando cerca de 10 pessoas. As que morreram foram justamente aquelas que tentaram tirar armas das mãos dos oficiais israelenses. O governo ainda informou que, após uma verificação rotineira de segurança, a carga será enviada ao seu destino (Gaza), pelos meios autorizados. O governo da Turquia não soube explicar porque a carga (suprimentos humanitários, segundo fontes turcas) não foi mandada legalmente, pelo território israelense, que exerceu um bloqueio naval à Gaza desde 2007, quando o grupo terrorista Hammas assumiu o controle da região. Pois bem. Esses são os fatos. O que a imprensa internacional repercute? De que um "ataque israelense" a um "comboio humanitário"matou mais de 30 "ativistas". Enquanto o mundo reage ao que a imprensa anti-sionista declara, cabe aqui uma pergunta: o que fariam esses bravos países se seu território fosse invadido, e seus invasores atacassem suas defesas? Entregariam flores?

Ultimo exemplo: a cerca de quatro anos, entramos, eu e mais 5 jornalistas, secretamente, em uma região do Oriente Médio, um território proibido (não digo o local, por motivos óbvios). Meu objetivo: saber como era a vida de "cristãos novos": judeus e muçulmanos convertidos ao cristianismo. Perseguidos por membros da família e autoridades, irmãos em Cristo, outrora inimigos mortais, vivam agora espremidos em casas fétidas, perseguidos por quem deveria protegê-los. Convertidos perdiam seus empregos, suas casas e, em último caso, eram decapitados quando descobertos. Seu único pedido: morrer segurando um pedaço de uma página da Bíblia nas mãos. Testemunhei incontáveis surras, três mortes por desnutrição e uma decapitação nas duas semanas que passei lá. O máximo que conseguimos de notícia a respeito desses acontecimentos, horrosos em todos os aspectos, foi uma nota de rodapé no frequentemente crítico Haaretz, e olhe lá! Ainda vou escrever um livro sobre o assunto: só temo não ter leitores para lê-lo, pois ou estarão todos mortos ou impedidos de ler!

Nas três situaçõe exemplificadas, o fato foi distorcido, diminuído ou silenciado. Nas três situações, editoriais foram travestidos de torcedores, e seus jornalistas passaram a se comportar como torcida. Nossa imparcialidade só nos serve se não comprometer nosso juízo de valor, senão a descartamos. Em nome da imparcialidade, não vou querer saber a opinião de traficantes sobre a descriminalização da droga; Em nome da imparcialidade, não devo ouvir assassinos sobre suas opiniões a respeito da pena de morte. Minha consciência é meu juiz, e à ele devo me curvar, não à imparcialidade.

Sobretudo, não distorça fatos. eles são tudo, para um jornalista. O fato é o seu senhor, não o contrário.

Até onde pode ir nossa imparcialidade jornalística? Minha resposta: Até onde ela não ameaçe seu juizo moral. Tenha sempre uma opinião, mas sempre tenha também a capacidade crítica de julgá-lo, imparcialmente. Sua imparcialidade deve servir à sua consciência, e não o contrário!

Saudações!

J

domingo, 23 de maio de 2010

O METAJORNALISMO E OS FENÔMENOS TRANSMIDIÁTICOS

Para que serve o jornalismo? Nos países ditos civilizados, essa pergunta pouco é feita, pois a resposta está onipresente, entranhada na cultura popular e profissional da sociedade. Já nos países onde a democracia é emergente e nos países onde a repressão à liberdade é brutal, essa pergunta só tem uma resposta: ação. O jornalismo serve para construir a comunidade, a cidadania, a democracia. No Irã, tivemos ano passado a chamada “revolução do twitter”, com milhões de iranianos, estimulados pelo livre fluxo da informação dos microblogs, participando de forma direta das eleições, reivindicando legitimidade da vontade popular, enquanto em outros países, os cidadãos participam ativamente na criação de um novo governo e novas normas para a vida política, social e econômica de seus países. Nestes últimos, nada mais do que um elemento cultural em suas vidas; nos primeiros, um verdadeiro fenômeno midiático de resgate de valores. Mas será sempre essa a finalidade maior do jornalismo? Ou isso vale apenas para um determinado momento, num determinado lugar?

A simples resposta não é mais suficiente, ainda mais numa época em que as novas tecnologias de comunicações permitem a qual¬quer pessoa proclamar que está "fazendo jornalismo". Não agora que a tecnologia criou uma nova organização económi¬ca no jornalismo, na qual as regras do ofício são espanadas e redefinidas, e às vezes até abandonadas. Num mundo onde a cacofonia da web é ensurdecedora, onde encontrar a informação correta? E de que maneira você, como jornalista, poderá ser ouvido?

Cito um exemplo: enquanto no mundo inteiro a imprensa internacional repercurte o desastre das negociações do Irã, a imprensa tupiniquim ecoa esse último fracasso da diplomacia lulo-petista como uma luta dos “emergentes” contra os Big Five do Conselho de Segurança, transformando um vexame internacional numa vitória diplomática. Deixar-se pautar por um dos lados de um fenômeno midiático sem levar em consideração o contraditório e as considerações externas ao fato, ignorando as ponderações óbvias em questão tem nome: chama-se ADESISMO, e não há reforma gráfica ou editorial que lhe confira nova aparência, senão a que vemos, na imprensa internacional. O adesismo é a maneira mais fácil de um jornalista de não ser levado à sério na categoria profissional.

Por quê? Considere o seguinte: está o mundo todo errado e somente os brasileiros certos? Se a resposta é óbvia, convem investigarmos outra questão: o que faz com que a imprensa nacional pense o contrário? Por acaso se os Aiatolás atômicos tivessem acertado o acordo junto com a troca de urânio, a mídia brasileira pautaria o texto “Emergentes X donos do Poder”? Se o fracasso nas negociações é visto como vitória da Administração Da Silva, como seria visto um sucesso diplomático? Que imparcialidade virtuosa é essa, que trata o governo com a mesma condescedência com que uma mãe-coruja, cega de amores, trata um filho-problema? Ou existem ingênuos nas edições que caem na conversa de Celso Amorim ou existem chapa-brancas que dedicam-se à sua prestação de serviços...

A principal função do Jornalismo é fornecer aos cidadãos as informações de que necessitam para serem livres e se autogovernar (Kovach & Rosenstiel). Se você, jornalista ou estudante de jornalismo, tem, em seu estágio ou na editora de jornal onde trabalha, ou mesmo em seu blog particular, fornecido informações que conduzem seus eleitores à liberdade, autoconsciência e pensamento crítico, então você tem todas as armas necessárias para mudar a imagem que o mundo tem da imprensa nacional.

Se pudesse dar algum conselho aos estudantes de jornalismo, diria: crie um blog! Coloque lá suas impressões a respeito das aulas e suas aplicações práticas. Transforme-o num espaço para uma amistosa troca de idéias e informações entre estudantes de jornalismo, comunicação e profissionais da área. Indague-se sempre: que contribuição posso dar, como jornalista, ao fenômeno midiático X, ou Y? Não seja provinciano: esboce suas opiniões em inglês, para que você seja ouvido no mundo. Não seja monotemático: fale sobre tudo e todos, e tenha opiniões formadas sobre os mais diversos fenômenos midiáticos, desde o último vencedor do Big Brother até a última rodada de negociações da AIEA. Não se preocupe em especializar-se num determinado assunto. Haverá esse momento, mais tarde, mas não agora, que você está aprendendo. Torne seu blog um ponto de encontro para outros estudantes da área. Acima de tudo, seja crítico, mas não contra-crítico. Não deixe que lhe pautem, mas crie sua própria pauta. Fazer isso bem chama-se metajornalismo.

Discutir o metajornalismo tem sido o melhor caminho para o sucesso profissional para os estudantes que almejam conseguir um espaço no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que mostra sua competência e seu compromisso em transmitir a verdade, independente do ponto de vista ou de visão ideológica.

Boas pautas!



Algumas excelentes sugestões de leitura para os estudantes que estão se aventurando na área:

O mundo dos jornalistas: http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=lang_pt&id=kT5gjigG6usC&oi=fnd&pg=PA11&dq=jornalismo+televis%C3%A3o+&ots=tZvW-kIjGY&sig=JpabFxYv5Q0i81BCWveqn7LwMsU#v=onepage&q=jornalismo%20televis%C3%A3o&f=false

Juventude e comunicação: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000144.pdf#page=39

Max Webber e a Mídia: http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-max-weber-selias.pdf

Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias: http://www6.ufrgs.br/limc/participativo/pdf/webjornal.pdf

terça-feira, 18 de maio de 2010

SAMBA IN TEHRAN

Yesterday, we witnessed the "nuclear deal," starring by Brazil, Turkey and Iran. And what we’ve seen, since then? We saw Ahmadinejad clone Lula”s speech and, to his exemple, aks for the NWO. What we can read between the lines?

According to Abbas Milani, Standford and Hoover Institute, it was all a smokescreen. He Said Iran is using Turkey and Brazil just to gain time to build the atomic bomb. It is worth remembering that since 2004 Iran has already defied six agreements, and the same agreement signed yesterday was desreipeitad last year in October.

Robert Gibbs, spokesman for the White House, said he expected a formal announcement by the International Atomic Energy Agency: "Given the repeated failure of Iran to comply with its obligations and the need to take care of fundamental questions about the nuclear program, the U.S. and the International continues to have serious concerns",he said.

It is my opinion that this agreement seeks not only isolate the U.S., but mainly to isolate Israel, the only democracy in the region. Were the Iranians themselves to confirm it, asserting that the country will not give himself to enrich uranium to 20%. However, this is the core issue, not others. In such an exchange of 120 pounds of material at this point, is the less!

The saying "agreement" signed by Brazil, Turkey and Iran already stillborn. Have been a "One Note Samba," directed only to the Brazilian domestic public, pending the next elections. Growing feeling that Mr. Mahmoud Ahmadinjad used as Brazil and Turkey just to gain time.

Or will Mr Lula let himself be used?

Greetings!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ENTREVISTA COM UMA MAFIOSA...

Fernanda Bressan é uma torcedora inveterada de Marcelo Dourado. Não que ela já não tenha se envolvido em outras edições do BBB, mas este ano foi diferente. Este ano ela criou aquela que viria a ser a maior torcida organizada de todos os realities shows do mundo: a Máfia Dourada, que, eu seu auge, contou com milhares de comunidades, milhões de membros, e foi notícia na Globo News, na TVGI e até na CNN. Não que torcidas organizadas em um reality fossem novidade: já houveram os hooliganismith ingleses, os V.I.P's americanos, os "Samurais de Carol" poloneses e os Lacaios de Levi israelenses, e até algumas embrionárias torcidas brasileiras de edições passadas, mas a torcida criada por Bressan supreendeu pela quantidade e espontaneidade de seus participantes: vindos das mais diversas partes do mundo, a torcida, em sua maioria formada por brasileiros, não ligava para horários, trabalho, estudos marido ou qualquer outros compromissos: diferente de todas as outras torcidas organizadas que existiram em outros BBB's, os membros da Máfia Dourada votavam muito, sem parar, dia e noite, noite e dia... não havia uma madrugada de domingo ou segunda em que eles não estivessem "se matando" de tanto votar: o slogan "Meu dedo cai mas Dourado não sai" correu o mundo, arrebatando de paixão milhões de jovens, mulheres, crianças, pais e mães de família, unidos com um único propósito: não deixar Dourado sair da casa mais vigiada do brasil, nem que para isso adquirissem L.E.R no processo.

É com uma dessas mães de família, mãe de uma mafiosinha de dois anos e mulher de um dentista mafiosão, que tivemos um rápido ping pong:
1) Conte como foi que se envolveu com o BBB desse ano e com Marcelo Dourado:
R. Na verdade me envolvo em todas as edições, todo ano juro que será o último mas começo a assistir por curiosidade e quando vejo estou fissurada e não perco um dia sequer. Este ano não foi diferente, só que meu envolvimento e comprometimento acabou sendo maior por conta da criação da Máfia Dourada.

2) Sua vida familiar enfrentou dificuldades por conta dessa sua opção?

R. Na verdade houve uma alteração na rotina. Me sentia culpada quando precisava me ausentar muito tempo de casa e os passeios se tornaram mais curtos.Minha vida familiar sofreu algum prejuízo, mas estou compensando isso depois do fim do programa. A única que sentiu menos essa loucura toda foi minha filha, a rotina dela se manteve inalterada.

3) Na sua opinião, o que esse BBB teve de diferente dos outros?

R. O retorno de Marcelo Dourado fez toda a diferença. E a organização na maneira de votar também foi um diferencial.
4) Você acha que dá para levar essa disposição de escolher o melhor caráter para as urnas? O brasileiro mudou seus critérios de escolha para votar?
R. No início achava que sim, hoje vejo que estão dispersando e retomando atividades cotidianas, o mutirão de doação de sangue não obteve o êxito esperado, por exemplo.Vejo que existe sim um saldo positivo, esse BBB mostrou que a galera quando quer alguma coisa se une e alcança objetivos, mas ainda estamos engatinhando.

5) O que mudou na sua vida pós-BBB?

R. Na prática nada mudou, talvez hoje seja uma pessoa um pouco mais visada, tanto para bem quanto para mal... algumas pessoas me parabenizam pela Máfia Dourada e outras acham que sou oportunista e que fiz isso para aparecer ou tirar algum proveito pessoal.

6) Você tinha idéia de outras torcidas pró-Marcelo, além da Máfia?

R. Sabia que muita gente gostava dele e que não possuia perfil no Orkut, por exemplo... depois da reportagem do Fantástico muita gente me dizia na rua que torcia por ele e que passaria a votar ainda mais.

7) A Máfia Dourada vai apoiar quem Marcelo indicar no próximo BBB?

R. Não necessariamente. O que acho possível é a afinidade falar mais alto. Da mesma maneira como nos identificamos com ele em muitos aspectos, talvez tenhamos a mesma predileção por algum participante.
8) Dourado já disse que só participaria de um outro BBB se fosse um BBB Champions, que reunisse todos os campeões. Você o apoiaria novamente? E a Máfia?
R. Certamente que sim.E a Máfia seria novamente uma máquina de votos digna de recordes.

9) Como será o comportamento da Máfia no próximo Reality (A Fazenda 3)? Vai apoiar quem Marcelo apoiar, quem pedir apoio da Máfia primeiro ou se absterá de qualquer votação e mutirão?

R. Não assisto A Fazenda, o formato não me atrai, mas acho provável que a galera se identifique com alguém e possivelmente surjam debates, votações, mas tomar partido não é minha intenção.

10) As ações sociais irão continuar? Quais serão as próximas?

R. O mutirão de doação de sangue surgiu a pedido dos membros da Máfia Dourada antes do fim do BBB. As pessoas perguntavam no Twitter e nas comunidades o que faríamos com o fim do programa, ocorre que algumas pessoas se anteciparam e organizaram esse mutirão sem muito cuidado e a adesão foi muito pequena, infelizmente.Temos vontade de fazer muita coisa bacana, mas nada de concreto por enquanto.

11) Você é de esquerda, de direita, contra ou a favor a liberação das drogas, etc... Qual sua visão política?

R. Sou a favor do certo, do correto, do justo, do honesto. De gente que se propõe a fazer e FAZ de fato, que trabalha pelo coletivo, não para o próprio bolso. Sobre a liberação das drogas, não tenho opinião formada, porque ao mesmo tempo que acredito que a liberação acabaria ou diminuiria o tráfico, penso que as pessoas não tem preparo algum para lidar com o uso de drogas com "bom senso", não sou usuária mas sei o problema que um usuário pode ser em uma família, vivi essa situação de perto e não guardo nenhuma boa recordação disso.

12) O que você acha de transformar essas ações sociais em ações políticas? Você é a favor de candidaturas "mafiosas" pelo Brasil? Como a Máfia irá se comportar quando isso começar a acontecer?

R. Não penso nisso. Já tive notícias que o nome da Máfia Dourada estava sendo usado para apoiar candidatos no Norte e Nordeste e isso é uso indevido, já que somos apenas uma torcida vitoriosa do participante Marcelo Dourado.

13) Você pensa em se candidatar? Qual sua proposta?

R. Jamais.....no máximo estou pensando em me candidatar à mãe adotiva de uma criança.

14) Um membro do Partido Pirata já disse que Marcelo Dourado tem o perfil do seu partido. Membros do Libertários e do PT do B também já disseram coisas parecidas. Qual sua opinião sobre esse anseio de alguns de ver Dourado em Brasília?

R. Não posso responder por Marcelo Dourado. Mas acho que seria um campeão de votos. :)

15) Dourado já se manifestou a respeito de um ambientalismo mais liberal e da descriminalização de algumas drogas ilícitas (EGO), com alguns pensamentos de vanguarda. Qual sua opinião a respeito dessas posições libertárias de Marcelo?

R. Pessoalmente acho que o Marcelo Dourado tem opiniões firmes e sempre bem embasadas.Mas não soube dessas declarações e portanto prefiro não comentar.

16) Que atitudes de Marcelo você reprovou na Casa?

R. Na verdade acho que ele foi na casa o que é aqui fora, um cara comum passível de erros e acertos, como qualquer pessoa.E é justamente isso que fez dele um cara tão querido. Ele não usou máscaras, confesso que não gosto de arrotos, mas isso é totalmente perdoável.....rs

17) Quando você achou que Marcelo poderia ganhar?

R. Sempre achei que ele seria o vencedor. Desde o começo.

18) Boninho sempre disse que Dourado iria “nadar e morrer na praia”... Você alguma vez também chegou a achar isso?

R. Não. Eu sempre dei risada das afirmações do Boninho. Todo ano ele faz isso para irritar algumas torcidas.

19) O que você achou do comportamento do Bial durante o programa?

R. No início achei um pouco tendencioso e francamente contra o Dourado, mas sou suspeita. No decorrer do programa achei que ele conduziu o programa brilhantemente, como sempre faz.

20) Qual foi o paredão mais difícil? Por quê?

R. O paredão contra Angélica e contra Dicesar foram paredões que exigiram mais da galera e da moderação, deram frio na barriga. Isso porque aconteciam uniões de torcidas e estávamos sempre "sozinhos"...era a Máfia Dourada contra 3, 4 torcidas unidas.

21) Você já falou com Dourado? O que ele lhe disse?

R. Tive a oportunidade de falar com ele por telefone no final do mês passado, foi muito bom. Demonstrou ser um cara tranquilo, agradecido e bastante simpático.....agradeceu o empenho da galera, disse que gostaria de saber tudo sobre a Máfia e quando surgir uma oportunidade iremos conversar com mais calma para que eu lhe conte tudo. Espero que isso aconteça.

22) O que você diria aos brasileiros que torceram por Dourado mas não conheceram seu trabalho por trás, durante as votações?

R. Nada... apenas agradeço às pessoas que acreditaram nos nossos mutirões, que pareciam chatos para alguns, repetitivos, agressivos até... mas que deram ótimos resultados. E que elas votaram certo, para o melhor participante.... rs

23) Se você fosse selecionada para participar de um BBB 11, o que faria de diferente do que Marcelo fez? Como seria a jogadora Fernanda Bressan?

R. Acho que faria tudo muito diferente e não duraria uma semana na casa.Ele teve muito mais bom senso do que eu teria. E foi bastante paciente também, deu uma aula de bom convívio e tolerou coisas que eu jamais aguentaria sem um bom bate-bocas.

25) Alguma ONG em vista? Algum Instituto Fernanda Bressan de Votações, ou uma Fundação Máfia Dourada, para manter essa chama acesa?

R. Por enquanto não....mas com certeza iremos apoiar qualquer ação que Marcelo Dourado criar ou abraçar.

Essa é Fernanda, a Mafiosa-Mor. Muitos "mafiosos" conhecem a Fundadora por trás da Máfia, mas poucos conhecem a pessoa por trás da "mafiosa". Da mesma forma, existem muitos brasileiros residentes no exterior, que nunca ouviram falar no nome de Fernanda Bressan. Conhecer esse nome e essa pessoa foi um dos objetivos dessa entrevista. Uma das coisas que mais chama atenção nela é seu caráter e sua personalidade. Foi franca, incisiva e não teve medo de perguntas difíceis, nem procurou fugir delas.

Eu não esperava menos da fundadora da Máfia.

Creio que essa é a marca que define todos os membros da Máfia: não se calar perante as adversidades, ter personalidade e caráter para enfrentar e bater de frente com o desconhecido e o imponderável. Haverão outras torcidas organizadas no próximo BBB. Mas não haverá nenhuma como a Máfia: a primeira e a maior de todas, cujo recorde está registrado no mundo.

E aqui, onde meu último texto BBB-ístico termina, um livro, um livro fernandíssimo, poderia começar. Um apelo mafioso: escreva seu livro, Fê! Dourado foi a luz, mas se não fosse seu farol, jamais teríamos alcançado a praia!

MAFFIA LEGIO OMNIA VINCIT!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

PUNK CRISTÃO!

A aceitação de punks (ainda que “ex-punks”) é desafiada por algumas (senão todas) igrejas evangélicas. Para os militantes do punk e do Cristianismo, há elementos fortes do anti-autoritarismo em ambos. Nós - punks e cristãos - combatemos a hipocrisia do governo e da Igreja que impõe regras. Dentro desta perspectiva, a opinião cristã do anti-conformismo é diferente do punk cristão.

A razão do anti-conformismo é encontrada em Romanos 12:2 (“não se conforme com os padrões do mundo, mas seja transformado!”). A Bíblia diz aos cristãos para não se conformarem! Alguns podem discutir, “mas o punk está de encontro à religião”? Ora, os punks cristãos não concordam com a religião tampouco! O Cristianismo real, fundado por Jesus, não é uma religião (ritos e construções) porque não se baseia em rituais e regras – senão àquelas ditadas pelo judaísmo, e que Ele não suplantou!

Em geral, a única crítica bíblica que se faz aos punks é aquela encontrada em Levítico 19, que trata de marcas na pele, sejam elas de tinta ou cortes. Muitos críticos vêm nesse capítulo uma proibição au uso de piercings e tatoos, mas isso é um equívoco: essa pureza ritual é exigida aos Levitas, que tinha que entrar no Templo para fazer os sacrifícios. Nem o Templo existe mais, nem tão pouco os Levitas, cujo qualquer traço genético se perdeu na destruição de Jerusalém em 70 dC.

Acredito num relacionamento pessoal com o Messias Yeshua Jesus, e isso não tem nada a ver com religião!(de fato, acredito que os evangélicos ainda não puderam cumprir a Grande Comissão porque estão sempre muito ocupados discutindo regras e doutrinas triviais...). ou rituais. Um dos exemplos mais recentes dessa religiosidade de fachada eu testemunhei durante o Big Brother: quantos "crentes em D-us" eu vi, dizendo que Marcelo Dourado não mereceria ganhar o prêmio porque era ateu (uma acusação tardia), ignorando completamente a Regra de Ouro? Sempre respondia a essa crítica, argumentando que, se os poucos que estão salvos não baixarem a guarda contra os muitos que ainda não estão, como poderão salvar a si mesmos? Como poderão ver Luz, se nos recusamos a mostrar-lhes? A recusa em cumprir a Grande Comissão faz muitos mais cegos do que aqueles que nunca a conheceram: sempre disse que a vitória de Marcelo será um instrumento de transformação em sua vida, e que ele seria usado como instrumento de D-us para a transformação na vida de milhões de jovens, que hoje estão apostatados da Fé. Deixemos que D-us o use como desejar, então!

No que me consta, as religiões, ao meu modo de ver, são invenções humanas, e é por isso que não me interesso por elas. Quando D-us Se revelou à Humanidade, Seu propósito era ter uma relação pessoal, informal e amorosa com cada indivíduo de uma maneira muito semelhante com a relação que temos com um pai amoroso ou um amante apaixonado, e não uma relação impessoal, fria e formalíssima que temos com, digamos, o padre da paróquia. Alguma coisa aconteceu no passado, com essa relação que tínhamos com o Todo-Poderoso, e a religião surgiu como um esforço unilateral de nossa parte (a família humana) de suprir a necessidadade psicológica e espiritual dessa ausência ou rompimento, ou, numa tentativa desesperada de reaproximação ou de debelar o temor de estar na Sua Presença. Quem tem um pai ausente sabe do que estou falando.

É neste tipo de relação que estou interessado. Realmente não importa se você é judeu, cristão, muçulmano, budista ou hindu: se você ama a D-us acima de qualquer coisa, então mais cedo ou mais tarde Ele se revelará a você, na pessoa de Jesus Cristo, Seu Filho! E quando isso acontecer, você compreenderá que Seu Sacrifício foi a única maneira de nos reconciliarmos com D-us. Aceitá-lo então é como uma falência: é você reconhecer que, sem Ele, você não conseguirá nada além de uma vida de culpa, tortura e dor. Neste momento, não importará o peso da cruz q vc carrega: Ele a levará pra você, aliviará seu fardo e você ganhará o direito de morar na Nova Terra Prometida, esteja você com pircing, tatoo ou qualquer outra marca, seja ela externa ou interna! Sua fé crescerá aos saltos, e você terá mais certeza de Sua existência do que na sua própria, esteja você no dia de densas trevas de sua “crucificação” ou sob a brilhante luz do Arrebatamento!

Sou de Jesus, Judeu e punk, nessa ordem.
E irei para o Céu, com piercing e tatoo!

MORE JESUS! LESS RELIGION!

terça-feira, 27 de abril de 2010

O ANTI-POLÍTICO!

Uma vez disseram que a guerra é um assunto sério demais para ficar apenas nas mãos dos militares. Com muita propriedade, pode se aplicar o mesmo raciocínio à política: sendo mais do que um método ou uma técnica, política é uma arte, ou a aplicação dessa arte, nos negócios internos de uma nação, fazendo dos políticos profissionais verdadeiros artistas. Entretanto - como Aristóteles dizia: "o homem é um animal político" - talvez seja a hora dessa arte ser feita por artistas mais homens e menos animais. Talvez seja chegada a hora de tirar a política das mãos dos políticos. Na verdade, acredito que o maior problema da política hoje em dia são os políticos, no sentido de que fazer sua arte virou uma técnica viciante e desencaminhadora, por aqueles que deveriam não somente zelar pela nossa sociedade, mas zelar pelos valores dessa sociedade.

No artigo "Liderança Dourada e Libertária" havia escrito que Marcelo Dourado pode muito bem representar esses valores, que foram perdidos pelos políticos profissionais. O que falta neles Marcelo tem em excesso. Também disse que havia toda uma juventude que está orfã, ainda à espera de uma liderança que os conduza a uma espécie de "amanhecer dourado", um futuro onde ética, honra e lealdade são virtudes, não defeitos, a serem perseguidos e preservados por uma classe política atuante e exemplar na sociedade. Acontece que Marcelo Dourado não é político e não tem pretensões políticas. Isso é empecilho para um "amanhecer dourado"? De forma nenhuma!

Martin Luther King e Mahatma Ghandi também não eram políticos nem tinham pretensões políticas, e isso não foi empecilho para o fim da discriminação racial nos EUA e a criação de uma nação para o povo indiano. Qualquer um que conhece um pouco de história política sabe que a liderança não é uma escolha que fazemos para nossa vida, mas algo que é nos é imposto para mudar a vida de outros. O Líder não pede a liderança: a Liderança que vem até ele, através de uma correnteza de acontecimentos da qual ao seu portador fica impossível remar contra a maré. A ele cabe ser o exemplo de uma geração de exemplos; A esperança de uma geração sem esperanças. O Líder é o molde na qual aqueles que não possuem nenhum tomam forma.

A forma será aquela que definimos à nós mesmos. Mas o molde está lá. Como disse no artigo passado, as ações políticas são uma evolução natural das ações sociais, que a Máfia Dourada já está fazendo. Mas que ações políticas podem ser feitas, inspiradas na liderança de Marcelo Dourado? Vamos a algumas delas:

Inspirados sob a liderança ética e o caráter de Marcelo Dourado, uma legiãos de jovens poderia se candidatar já nas próximas eleições, na esperança de promover uma faxina de valores nas Assembléias estaduais e no Congresso. Apesar da inexperiência política, as eleições poderiam ganhar muito, pois aumentariam o nível do debate: portadores de vontade política de fazer podem ser muito mais eficientes na mudança do que políticos experientes podem propor. De fato, a oxigenação de nossas Casas Legislativas com políticos novos e combativos é o pressuposto inicial para uma profunda e radical mudança na nossa sociedade.

Outra importante ação política seria a criação, capitaneada por Marcelo, de um Instituto de Ética e Cidadania, que discutiria, a criação de propostas, projetos e programas com a juventude sobre a sociedade em que desejam viver e trabalhar, num futuro próximo. Entre outras atribuições, um Instituto Marcelo Dourado também poderia acompanhar os trabalhos dos parlamentares, sendo um canal natural entre estes e os interesses da juventude que eles representam.

Por fim, um último exemplo de ação política poderia ser praticado: Marcelo Dourado poderia aproveitar sua imensa popularidade (na final do BBB ele teve 50% de votos a mais que Lula em sua última eleição) para se candidatar a deputado estadual ou federal pelo Rio Grande ou pelo Rio de Janeiro. Restaria resolver a questão do domicílio eleitoral e sua filiação partidária, mas, ainda que isso não pudesse ser posto em prática nessas eleições, teríamos as eleições municipais de 2012. A possibilidade dele se candidatar representaria uma alternantiva à polarização PT-PSDB; Longe do velho discurso esquerda-ou-direita, Marcelo representaria um discurso "à frente", de vanguarda, representando legitimamente os interesses de uma geração inteira. Sua candidatura daria um sentido prático à plataforma ética, que outros políticos tanto alardeiam. Como o anti-herói no BBB, nas eleições ele seria o anti-político: alguém em que as pessoas poderiam confiar. Sabendo que ele tem caráter, saberíamos que ele não roubaria, e assim poderíamos confiar em suas idéias e seus ideiais.

Dourado se candidatando seria como Moisés, abrindo o Mar Vermelho: uma geração inteira de seguidores viriam atrás dele, com as mesmas idéias e os mesmos ideais, rumo a uma nova Terra Prometida. Em alguns anos, seria esta a geração que seria maioria nas Casas Legislativas e Congresso Nacional. Posições de vanguarda a respeito do meio-ambiente e políticas sem hipocrisia, feita por pessoas de caráter, anti-politicos em sua essência: essa é a natureza de uma plataforma dourada para iniciar a mudança que desejamos para o Brasil com que sonhamos.

Longe de ter terminado sua luta na "guerra" do BBB, outras guerras, mais valorosas e importantes, exigem a presença de espírito e o caráter de Marcelo, à frente de um objetivo que agora é muito maior que a disputa de caráter: agora, a história está o chamando, para que ele lidere nossa juventude nas mudanças que nossa nação tanto precisa!